sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Suspensão

Lamento ter que o anunciar, mas visto que virtualmente ninguém se manifestou disponível participar, o presente Circulus ficará suspenso à espera de dias melhores. Qualquer pessoa que no entretanto estiver interessada em melhor o seu Latim, perguntar, comentar, ou simplesmente falar, o email circuluslatinuslusitanicus@gmail.com continuará em uso. Obrigado.

Dolendum quod sit dicendum, sed cum recenseo quotusquisque inventus sit ad partem capiendam paratus, melius exaestimo hunc circulum consistere meliora sperans. Si forte quis velit suam Latinitatem meliorem efficere, sive modo quid rogare aut notare, vel latine loquendi studio ardeat, inscriptionem electronicam poterit adhibere circuluslatinuslusitanicus@gmail.com. Gratias.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Como participar?

Para dar o nome e participar, por favor enviar um email para circuluslatinuslusitanicus@gmail.com com as seguintes informações:

Nome:
Localidade:
Email:
Anos de estudo de Latim:
Dia da semana mais disponível:
Fácil acesso a Coimbra ou Lisboa (Sim/Não, Qual):

domingo, 20 de janeiro de 2013

Circulus Latinus Lusitanicus

O que queremos dizer, hoje, quando dizemos que lemos Latim? A vasta maioria das vezes, salvo raras e honradas excepções, quer dizer que traduzimos. O recurso à tradução, seja à própria prévia seja à de outrem, tornou-se uma bengala simultaneamente incómoda e necessária. Isto não deve surpreender ninguém que esteja familiarizado com o ensino de línguas modernas: para nos podermos reclamar um domínio sólido sobre qual for a língua precisamos de ter essa língua presente no uso activo. Não podemos negar que enquanto se falou Latim fomos capazes de ler os clássicos latinos. O fim da primeira levou ao fim da segunda. Urge então, é a conclusão pedida, voltar a utilizar o Latim usu vivo.

Não é meu propósito, nem creio que seja o de de alguém sanae mentis, devolver ao Latim o trono de “rainha das línguas”, ou de o propor como língua oficial seja do que for — tão só de o de contribuir por pouco que seja para facilitar o acesso ao ciclo de obras literárias e científicas que passa por Vergílio, Augustinho, Marsílio de Pádua ou Erasmo, que pelos séculos fora uns com os outros falaram em diálogo ininterrupto, diálogo do qual nos arriscamos agora a ficar de fora à medida que deixamos de ser capazes de responder (o mesmo se passa, em caso mais agudo ainda, com o Grego de Platão, Plutarco, Plethon.)

Como podemos nós então despertar esse uso vivo da língua? Um outro fenómeno crescente principalmente na Europa são os ditos Circuli Latini, um nome que indica simplesmente grupos de diálogo e leitura de textos latinos – em Latim. Só em Espanha contamos seis, na Alemanha quatro, em Itália cinco. Em Portugal porém até à data com nenhum. E é para vos propor a fundação do primeiro que vos escrevo.

O que é que implicaria? Seriam encontros presenciais, cuja determinação mais óbvia seria a salutar compulsão para que falássemos latim. Estou bem consciente de que é possível sermos capazes por vezes de lidar com textos bastante complexos sem no entanto sermos capazes de nos exprimir com satisfação; estou também consciente de que o início é algo de frustrante. Mas sei também quais os frutos daí gerados com relativamente pouco esforço. Tais encontros implicariam conversas em Latim, leituras comentadas de textos conhecidos ou não, et hujusgeneris alia: ou seja, tudo coisas a que estamos já habituados, com a excepção de que tudo seria feito em Latim.

Há algumas decisões iniciais que careceriam de ser tomadas. Sobressai a decisão do lugar a optar. Duas cidades afiguram-se-me como possíveis a uma primeira sondagem, Coimbra e Lisboa, mas pode ser que possamos alterar isso dependendo de onde esteja a maior parte das pessoas interessadas. Parece-me que teríamos bastante mais a ganhar em encontrarmo-nos em lugares alternados do que a dividirmo-nos em dois ou mais Circuli logo de início: somos demasiado poucos, para nada nos presta a insularidade. Um Circulus Latinus Lusitanicus, pelo menos a princípio, em lugar dum Olisiponensis ou dum Conimbricensis.

Mas esse, assim como toda a configuração do grupo, pode ser discutida mais tarde. Assim que tivermos um número mínimo poderemos largar âncora, e tratar do resto mais tarde. Escusado é dizer que nada está de maneira alguma fixo, que as opiniões constructivas são mais que bem-vindas, e que todos temos a ganhar com a disseminação dum conhecimento cada vez mais profundo da língua latina em Portugal. Diis faventibus, poderemos contribuir com o nosso pouco.

Peço então que quem esteja disposto a embarcar o diga nesta mensagem, ou que envie um email para circuluslatinuslusitanicus @ gmail.com. Peço ainda que reencaminheis esta mensagem a todos quantos julgueis possivelmente interessados em tomar parte, indivíduos e grupos. Tentarei também naturalmente responder a quaisquer perguntas que existam.


Curate ut valeatis.
Miguel Monteiro.